27/03/2006

Som da semana #2

Faith No More - Ashes to Ashes


Pena já terem acabado... ainda tinham muito para ensinar a muitos meninos... (nota: o autoplay da semana passada fica desactivado, mas o link continua disponível para os curiosos)

25/03/2006

Wrestling

Wrestling – esse hibrido maravilhoso. Tipo mula. Não é cavalo nem é burro, é mula.
Assim é o wrestling – não é um desporto no sentido estrito da palavra, não é um bailado, não é uma telenovela. É uma misturada daquilo tudo.

Não é desporto porque subentende-se que um desporto profissional implica competição, e isso é coisa que não existe uma vez que as lutas são coregrafadas (mais ou menos, eles têm uma checklist de movimentos que têm de fazer e um número de idas ao tapete sem acabar a contagem). No entanto, é de notar que apenas desportistas conseguem fazer aquelas movimentos e mandar aqueles tralhos monumentais fazendo-o parecer fácil.

Não é bailado, embora seja coreografado. Pode ser comparado a dança moderna, uma data de movimentos brevemente conexos com dois intervenientes em palco (ringue). As palmadas são sempre de mão aberta (mão fechada aleija, afinal de contas), quando fingem que dão de mão fechada batem sempre com o pé no tapete para fazer barulho.

Não é televonela, embora eles adoptem, alguns deles, nomes dignos de um filme de série B (Val Venis, Viscera, The Undertaker, Rey Misterio, The Edge, etc.). Têm sempre que ter introduções longas, onde se estabelecem ódios e parcerias entre lutadores, coiso e tal. Agora arranjaram a mania (thank god!) de andar com gajas de roupas diminutas e grandes silicones a reboque, que às vezes até lutam entre si. A coisa dá para o torto por aqui porque sendo lutadores, são muitas vezes maus actores e não conseguem imprimir grande realismo às coisas que dizem. Além disso, tomam muito tempo por vezes nestes interlúdios, o que acaba por reduzir o tempo daquilo que as pessoas querem de facto ver – porradaria, gajos a voar por cima dos outros, etc.

Até o EuroSport já está contagiado, passando por vezes os combates de uma liga menor, a TNA. O WWE, que passa na Sic Radical, é conhecido por quase toda a gente. Dá-se descanso mental sem recorrer à embrutescência.

24/03/2006

Visões assustadoras, enternecedoras ou assim-assim (Parte 1)

Pois, este post custou a sair mas cá vai!
Para começar, uma explicação: enquadram-se nas visões assim-assim todas as que não encaixarem nas duas categorias anteriores e bem definidas!

Sabem quando uma pessoa acorda pela manhã e olha para o espelho e "AAAAHHHH! Quem é esta pessoa à minha frente! Meeedo!"... ui! Bem e quando depois, passado pouco tempo, vemos alguém na cozinha com uma cara ainda pior do que aquela que nos pregou um real susto ainda há 5 minutos... A sério, não é um bom modo de começar o dia! (categoria 1)

Claro que o dia pode melhorar se, a caminho do trabalho, virmos um gato tigrado grande com patas brancas a passear-se à nossa frente e a fazer o seu exercício matinal em busca de alimento!... E, ao chegar ao trabalho, ver os passarinhos alemães, que, apesar de não perceber muito bem o que eles estão para ali a falar, são bem giros e cantam bem! (categoria 2)
Por outro lado, se formos atropelados por um pássaro maluco que decidiu fazer-nos uma razia porque viu ali atrás de nós um belo petisco... ui! medo! ai, a taquicardia! ainda bem que não tinha nada das mãos... era ver tudo a voar! Rais partam o bicho! (categoria 1)

Há um certo mistério em tudo o que vemos à nossa volta, principalmente, se prestarmos atenção e observarmos mesmo! Todas aquelas coisas que tomamos como banais ou como naturalmente "assim" tornam-se ligeiramente diferentes se olharmos para elas numa outra perspectiva!

Assim são as tardes em que venho para casa ou passeio um pouco pela cidade e OLHO para tudo no caminho e me apercebo de que aqui há esta loja ou este edifício com uma arquitectura fantástica... (categoria 3)

Um pôr do sol! É sempre um pôr do sol, mas, se vislumbrado num sítio diferente, com um tempo diferente ou com pessoas diferentes, torna-se sempre em algo diferente do que já vimos antes! Assim é aqui! Sempre com um encanto diferente, já que não é o mesmo observá-lo da cozinha, da rua ou de um qualquer ponto de Lousberg donde se consiga ver... (Para vós que não conheceis, Lousberg é uma "montanha" aqui ao lado do sítio onde estou a viver! Provavelmente um dos sítios mais interessantes, mais calmos e relaxantes de Aachen! e também um dos sítios mais verdejantes!) (categoria 3)

Complementando um post anterior pelo nosso Headache, ele há tuning e tuning! Vai do tuning para o carro ficar com uma performance melhor ao total de desperdício de dinheiro para se ficar com um carro ridículo! Ou, também, algo que vi há uns dias enquanto esperava pelo autocarro, não uma, mas duas vezes! ai, o ataque cardíaco!
Visualizai, meus caros, o piqueno Volkswagen Lupo! Piqueno, compacto, familiar, parece quase, direi, um carro de brincar, mas até compreendo que dê jeito o facto de ser maneirinho para estacionar na cidade e andar por essas ruas estreitas... Mas o objectivo dos senhores quando o construíram, não foi decerto vê-lo transformar-se num demónio como este! mas sim, um carro pequeno e com um ar fofo (nojo!) para a malta jove, pobre e despachada!
Este que vi era preto (até aí...) vidros fumados (mau!) saias (ai! que isto ainda descamba!?) e um capot novo, não com o formato normal em que as ópticas ficam totalmente descobertas e redondinhas, mas sim de maneira a parecer que são olhos com pálpebras, semi-cerradas de forma a parecer um carro enfurecido, demoníaco! MEEEEEEEEEEEEEEDDDDDDDDDOOOOO!
É que ainda bem que não tinha de atravessar a estrada! uf! (categoria 1!!!!)

Carros a "picarem-se" (categoria 1 e 3-dentro da sub-categoria: estúpidas!)
Vi ontem a bela brincadeira entre um Porsche que ia calmamente, seguro de si e da sua capacidade, a virar à direita, mas houve uma inteligência num BMW que achou que "isto não podia ficar assim" e decidiu, já que também ia virar à direita para uma estrada com duas faixas paa cada lado, "vou atrás deste gajo e pôr-me ao lado dele para ver quem é que tem o carro mais potente e a pil...." bem, nem continuo, até porque nem vi o desfecho desta contenda!...
Enfim!

Vai uma pessoa atravessar a estrada para ir ao supermercado, eis se não quando se depara com uma figura, uma personagem, que desde já integro na categoria 1, para o caso de haver dúvidas!, do sexo feminino, daquelas idades indefinidas 40-50-60-coiso, que causou a seguinte impressão na minha retina (vá, nas duas, 'tá bem!)
calças pretas justas com uns desenhos em cotorno apenas, vermelho! (ok!)
apercebo-me que são corações estilizados... (começa bem!)
hã?! botas "cauboiescas" castanhas?! (esta alemã é doida!)
casaco tipo "kispo curto" cor-de-laranja... (continua bem!)
top preto de amarrar à volta do pescoço com uma fita felpuda roxa! (o quê?)
cabelo curto esgroviado numa côr indefinida... (ai!)
o olhar esgazeado quando passou por mim por detrás de uns óculos laranja-pálido... (credo! este mundo está entregue nem sei bem ao quê!)
Eh, pá, desculpem lá mas tinha de partilhar isto com bós! Foi demasiado intenso... O abanananço resultante foi de tal ordem que ia esbarrando na porta do "Líder" uns metros mais à frente! Foi o choque!

21/03/2006

Ódios de Estimação, pt. 5

CLICK

Este é muito fácil: XUNING!

Qual é o sentido de comprar um carro de merda, como seja um Saxo ou um 206 ou um Punto, e a seguir tirar painéis da carroçaria originais, em metal, e substituir por capots e tampas da mala em fibra de vidro? E meter pára-choques novos, spoilers, saias, etc que muito obviamente deixam gaps horrorosos para as restantes partes da carroçaria e restos de fibra de vidro pendurados?

Como já me disseram num forum (Mula da Cooperativa), é o prazer de modificar, como se fosse melhorar um computador. A minha resposta foi: jovem, quando melhoras um computador, tu começas por comprar um bom processador, um Pentium IV a 3,6GHz ou melhor, não compras um Celeron de merda a metade do preço. E depois, qual é a parvoíce de lhe enfiar peças que desvirtuam o sentido estético ao carro e além disso, assentam mal e com falhas gigantescas? Sem resposta. Porque comprar um carro de 3000 contos e depois gastar mais dinheiro em cima para o modificar (e mal!) é uma opção duvidosa. Pegavam no dinheiro que pagaram pelo carro de merda (quase sempre utilitários ou Hondas Civic já com muitos anos em cima), e no dinheiro das transformações, e compravam um carro a sério. Simples.

Parvoíce extrema: podem ser duas. A primeira é meter aquelas luzes manhosas nos mija-mijas. Não conheço melhor indicação de que o carro é possuido e operado por um azeiteiro (vulgo chunga ou bazofe, ver uns posts mais abaixo). A segunda é, sabendo o estado geral das nossas estradas e sabendo que a probabilidade de estacionar em cima de um passeio são muito grandes, as criaturas rebaixam a suspensão aos carros. Golpe de génio... quantas vezes não os via, por causa das lombas que existem aqui junto a casa por causa da escola primária, a praticamente pararem ou chegando mesmo a parar, para não baterem com a frente nas lombas. Ao menos não entopem os passeios com as suas “máquinas”.

Claro que bazofe que é bazofe tem que andar sempre com o rádio no máximo (depois de instalarem um bruto subwoofer, claro), a ouvir música de martelos. Martelos = música de dança, ou seja, é para um gajo abanar-se todo em pista, não é ouvida propriamente pela melodia ou pela letra. Que tipo de dança é que o bazofe conseguirá fazer dentro do carro? Claro que, quando o bazofe está na rua dele a fazer higiene ao carro e a limpá-lo por dentro, tem que ter sempre as portas todas abertas e o rádio a bombar para a p**a da rua toda saber com que tipo de azeiteiro se está a lidar...

Era espetá-los num pau...

19/03/2006

A espera...

Já cantavam os Tool no seu album de 2001 (“Lateralus”), faixa 3: “The Patient”

But I’m still right here
Giving blood, giving faith
I’m still right here…
The waiter…

Sobre uma pessoa que espera ou pela alma gémea ou que a pessoa com quem vive se torne na alma gémea. Noutra banda, A Perfect Circle, este mesmo vocalista cantava na música “3 Libras”:

(...)

you don't see me
but i threw you the obvious
just to see if there's more behind the eyes
of a fallen angel,
the eyes of a tragedy.

here i am expecting just a little bit
too much from the wounded.
but i see through it all
and see you.

so i threw you the obvious
to see what occurs behind the eyes of a fallen angel,
eyes of a tragedy.

oh well. apparently nothing.
you don't see me.
you don't see me at all.

Novamente sobre expectativa de alguém se tornar alma gémea, ou melhor, que reparem no seu potencial (do sujeito) de o ser...

E se a alma gémea não existir?
Ou pior, e se a expectativa de encontrar uma alma gémea fôr irrealista?

Filmes, música, literatura... a cultura mainstream incute nas pessoas, desde pequenas (começa com a porra das histórias da carochinha e da Bela Adormecida e Branca de Neve e o camandro – há sempre um sacana dum príncipe encantado) esta ideia de que algures há alguém que nasceu para nos completar...

...volto a perguntar: e se não houver? Há algumas garantias que essa pessoa exista mesmo? Alguém que nos complete na totalidade?
E se houver: será o “príncipe encantado” (ou princesa, nem toda a gente gosta de baunilha nem toda a gente gosta de chocolate) aquela pessoa que é melhor para nós?

O que eu mais vejo, entre os meus amigos e não só, são os “príncipes encantados” transformarem-se em sapos ao fim de algum tempo: podem ser meses, podem ser anos. Também vejo quem não ligue nenhuma a isso. E vivem muito bem assim.

Embora fossem type characters, as gajas do Sexo e a Cidade eram bons exemplos:
Samantha, não procura e não quer saber. Se aparecer, apareceu. Se não aparecer, ao menos vai espanejando as teias de aranha. A Ruiva (nome?), encontrou outros substitutos, como o trabalho e o filho, e não se sente menos feliz por isso (lá voltou para o gajo, mas foi efeito secundário). Carrie sabe quem é mas sabe que ele lhe faz mal. Solução: vai espanejar as teias de aranha por outro lado e vai tentando com outros, nunca sente o mesmo que com o Big mas não se sente incompleta. Charlotte é a única que vive com essa obsessão/preocupação, e aparenta ser mais ansiosa e infeliz que as outras três.

Pragmatismo: se ele ou ela não aparecem, que fazer?
Continuar à espera?
Continuar a dar importância a isso?
Contentar-se com “the next best thing”?
Ou redefinir prioridades, e não se preocupar muito mais com isso?

E se ele ou ela aparecerem?
Serão aquelas pessoas que realmente precisamos a nosso lado?
Serão as pessoas que nos fazem melhor?
Valerá a pena o esforço?

Esta cultura, pá...

oh, como me podia esquecer...

O comentário cinéfilo!

Comecei no outro dia a rever o "Blue Velvet", déjá commenté pelo caríssimo boss cá do sítio!
Sim, senhor, grande filme, grande realização! Lynch, 'tás lá! e, pronto, o suspeito do costume Kyle (Dale Cooper no "Twin Peaks") a fazer das suas e ainda tão novinho!
Bolas, já não comento mais nada porque agora tenho de ir acabar de ver o filme...

Há um problema com os filmes lynchianos: por mais que uma pessoa os veja, nunca apanha a totalidade das coisas e provavelmente não se vai lembrar exactamente do "fim"/desenvolvimento da história porque se perde no meio de tanta informação, tanto detalhe e tanto "lynchism"...

Em todó caso, é sempre para ver e se for na companhia de pessoas que também gostem e estejam interessadas e com quem se possa discutir "mas afinal qué que se passou aqui?"...

já ando para fazer isto há algum tempo...

pois, tenho-me lembrado de coisas interessantes para partilhar com bós! ah, mas há tanto para fazer por cá, nem que seja só ir beber uma jola com a malta, que se me esqueço!...

Queria partilhar alguns factos absolutamente desinteressantes acerca do sistema de transportes públicos aqui em Aix-La-Chapelle...
Há que dizer que praticamente todos os condutores estão ao nível da loucura Tuga! quantas vezes não me ia eu espetando contra alguém por quase daquela curva bem feita!... Medo! e... como a maioria de todos os condutores de autocarros, não são lá muito simpáticos... "Guten Tag!" resposta do outro lado: " "... feios!...
Há mais gaijas ao bolante destes tós que em Lissabon! São, claro, umas grandes malucas!
oh, e o pormenor de classe! Quando estão parados no terminal ou no sítio onde trocam os condutores e há tempo para uma nicotinazinha, cá nada de vir cá para fora ou escancarar as suas janelas! É mesmo ali e quem não gostar, paciência!
Em Ponttor, que é uma piquena zona de Aachen, há uma paragem de tós onde por lá passam para aí umas 8 ou 9 "linien" e costuma estar lá um senhor, já bem cota, que "trabalha" para a ASEAG e vai dando indicações às pessoas que olham para o placard e decidem se esperam ou se se põem a andar e que tó poderão apanhar. Mete-se com os condutores todos e é um porreiraço!
A dúvida que permanece é se ele sequer alguma vez trabalhou para a empresa! Mas pelo menos conhece toda a gente! Personagem caricata!
Bem, continuando... Há muitos carros daqueles articulados! já andei até num que tinha 3 bocados! Foi o delírio! Quando estes piquenos arrancam, desinclinam-se todos, depois de apanharem todas as pessoas que vão aparecendo e seguem drasticamente o seu caminho!

Um pormenor também desinteressante é o facto de se poder entrar por qualquer lado do tó e ninguém pede para ver passe nem há nada para o activar ou assim! Se não tiverem passe, entrem pela frente e peçam um bilhete ao sr ou à sra condutor(a), explicitando onde tencionam sair! (tarifas diferentes...) se tiverem bilhetes pré-comprados, há um validador perto do condutor, mas uma vez mais fica à vossa consciência... Isto é o avacalhanço total! Este sistema nunca funcionaria em Tugal... se há penduras nos eléctricos, já estou mesmo a ver que ninguém ia comprar passes, nem bilhetes... só algumas pessoas mais conscienciosas!
É preciso mais atenção à noite! Aí, às vezes, os condutores pedem para ver o passe! Mas há que dizer com frontalidade: se há "picas" ou "srs revisores", nunca os vi! (mas que los ai ai! como as bruxas!)

olha, ainda havia mais qualquer coisa, mas de momento não me recordo...
Fica para outro post!
Agora vou mas é apanhar sol e frio! Vou passear e vocês, também!

18/03/2006

Visita a Atomium

Ontem de noite aqui o menino foi visitar o contribuinte deste blog Atomium. Fotos não há, para proteger a identidade dos inocentes. Mas o que eu quero realmente falar é do carro que levei para ir ao outro lado do rio pela Ponte Vasco da Gama... um proto-clássico Fiat Tempra SW de 1991.

As linhas, de traço italiano, perfeitas. A garra da motorização a carburador. A caixa de velocidades de relações longas para garantir poupança de combustível... um verdadeiro cavalo de batalha

O Tempra é um carro bestial... um verdadeiro tanque... até sobe montanhas em ponto-morto (STP dixit). Já tem 14 anos, mas ainda anda aí...

A aventura: atravessar Lisboa inteira, completamente alagada. As correias de distribuição chiam sempre que se engrena uma nova mudança... toda a distribuição é nova, tem menos de um ano, mas nunca foi montada como deve ser... depois de insistentemente falarmos com o mecânico "Oh António, tira mas é a mão dos tomates e mete a correia bem", nada...

O problema: a chuva toda, que diminuia alguma visibilidade, e o vento na ponte, que era uma coisa extraordinária, tendo em conta que a aerodinâmica lateral deste carro se assemelha a uma catedral gótica. E as vicissitudes desta máquina, em que a direcção assistida, hidraúlica, em vez de ficar mais pesada com o aumento de velocidade (que é o que os carros normais de hoje em dia fazem), não, fica mais leve, muito leve mesmo! Junte-se a isto umas poçazitas para fazer uns aquaplannings jeitosos... e temos aí uma valente aventura para contar aos netos!

Recomendo este desporto radical a todos os interessados. Alugo o carro por 50 euros/hora a quem quiser...

16/03/2006

Me & Him

Sigam o link na barra da direita...

Top Gear

Uma benção que a BBC largou sobre o público é um programa de uma hora semanal de seu nome Top Gear.

No que é que consiste o Top Gear?

Simples. Carros. Carros que se adoram. Carros que se odeiam. Mas dificilmente carros que ficam a meio-termo, que não aquecem nem arrefecem. E muitos, muitos testes... como dizer... alternativos.

Apresentadores

Jeremy Clarkson – o mais velho, mais alto, mais experiente e mais escandaloso de todos. Jeremy tem sempre opinião e nunca tem medo de a dar, seja ela boa ou má. Por causa disso muitas marcas já se recusaram em colaborar com o programa. O seu traje de eleição são blazers, calças de ganga e botas, conseguindo já arrecadar variadas vezes o prémio de “Worst dressed celebrity”. Conseguiu a proeza de ser banido dos concessionários da Hyundai, e era considerado persona non grata pela Rover. Pois bem, a Rover acabou e o Jeremy ainda cá anda. Quem é que ficou a rir-se por último? Costuma ser ele a ensaiar e ir para a estrada com os carros verdadeiramente potentes.

Richard Hammond – o mais novo, mais baixo e mais... betinho. Nota-se que Richard não tem grande talento para conduzir os carros como os seus colegas, mas o seu entusiasmo compensa a relativa falta de experiência. Foi incrivelmente gozado, durante vários episódios, quando, a conduzir um jipe preparado para corrida (esqueci-me do nome), ter exclamado excitadamente “I AM A DRIVING GOD!!”. Costuma ensaiar os carros mais pequenos (em conjunçãocom o May) ou os mais estranhos.

James May – o gentleman. Mantém sempre a calma e a compostura, exceptuando uma vez em que desceu uma pista coberta de gelo ao volante de um Mitsubishi Lancer WRC conduzido por Henning Solberg. Costuma conduzir os carros mais luxuosos ou antigos. É o equilibrio no programa.







Stig – é o piloto de testes. Já sofreu uma morte (antes vestia-se de preto) e renasceu como uma fénix das cinzas (agora veste-se de branco). Nunca se ouve a voz dele e a sua identidade continua um mistério, ocultada por um capacete (para quem não usa o google, claro...). Os seus objectivos são testar os carros em pista e ensinar outras pessoas que lá vão (celebridades) a conduzir na pista.

Premissas do programa

1 – Testar carros. Muitas vezes em localizações exóticas, mas ao menos podem dizer que os experimentaram a sério (idas à Islândia, conduzir superdesportivos num vasto areal no País de Gales, ir ao ponto mais a norte da Grã-Bretanha com apenas um depósito de combustível...). Fazem questão de apontar os defietos dos carros e quando não gostam, não gostam mesmo e fazem-se ouvir.

2 – Comparar a condução de estrelas, fazendo-as todas guiar o mesmo carro, um Suzuki Liana. O segmento chama-se “Star in a reasonably-priced car” e vê-se de tudo. Um convidado quase que ia capotando ao cortar a penúltima curva. Já destruiram várias vezes os espelhos retrovisores ao carro. Uma estrela, David Soul, sendo americano não estava habituado a carros com mudanças manuais e estragou a caixa de velocidades em menos de dois minutos. Deram-lhe o Liana de substituição para as mãos (igual ao primeiro) e fez exactamente o mesmo. 300 contos de reparação em cada um. Ficou barata a ida dele ao programa...

3 – Testes absurdos, e aqui reside a alma verdadeira do programa, e é o que o distingue de todos os outros. Quem seria capaz de se lembrar de tentar destruir uma caravana (ódio de estimação de todos eles por serem verdadeiros empecilhos) por fazê-la andar extremamente depressa para ver se se desfazia com o vento? Quem seria capaz de ver a quantidade de abusos que uma pick-up Toyota aguentaria, fazendo-a colidir com muros, árvores, um pré-fabricado, fazedo-a submergir durante horas no mar de Bristol, fazendo-a pegar fogo (!), massacrá-la com uma bola de demolição (!!) e piéce de resistance fazendo-a cair de uma altura de 60 metros (!!!) aquando da implosão de uma torre de andares? O mais impressionante foi que não só, no fim disto tudo, a pick-up ligava-se, mas ANDAVA! Era guiável!

Outros testes absurdos incluem sairem desde os estudios até Monte Carlo, com o Jeremy num Aston Martin e os outros dois em comboios (Eurostar, TGV), o qual Jeremy ganhou. Outro incluiu Irem desde Nice até à NatWest Tower em Londres para levarem trufas, Jeremy partiu num Bugatti Veyron (brilhante carro!) e os outros dois num avião monomotor(!). Jeremy ganhou novamente.
Mas os mais brilhantes são os teste do desespero ou simplesmente absurdos, como fazer um Mini Cooper descer um trampolim de ski com skis amarrados às rodas (e conseguiu), uma descida no gelo lado a lado com um bobsleigh, o malfadado Porsche challenge, onde tinham que comprar, cada um, um Porsche por menos de £1500 e fazer uma série de provas com eles (falhando miseravelmente porque os carros estavam todos podres)...

Conclusão: o programa de carros feito a pensar não só em quem adora carros, mas também em quem gosta de se divertir e rir, mesmo que não perceba nada de motores. A cinematografia e enquadramentos são dignos de Hollywood e os episódios são muitas vezes usados em aulas de técnicas de vídeo e cinematografia para ilustrar o “bom” que se faz. A não perder, especialmente se se tiver sentido de humor. Todos os domingos na BBCPrime, às 11h.

Ódios de Estimação, pt. 4

As más traduções portuguesas, principalmente dos títulos dos filmes. Exemplos?

Sleepers – Sentimento de Revolta
Rainman – Encontro de Irmãos
Breakfast at Tiffany’s – Boneca de Luxo
A Hard Day’s Night – As Quatro Cabeleiras do Após-Calypso (!!! – é o primeiro filme dos Beatles, já agora)
Total Recall – Desafio Total
Adaptation – Inadaptado (f**a-se! É tudo parvo?)
Lost In Translation – O Amor É Um Lugar Estranho

Era espetá-los num pau... daqueles beeeeem afiados.

Para os mais distraídos...

...sim! Gosto mesmo de Fórmula 1. E de David Lynch.

Não gosto: balões, especialmente os da variedade rebentadeira. Dias quentes de verão. Parvos no comando.

Fin.

13/03/2006

Fórmula 1

Se o resto do campeonato for como a primeira corrida, UAU. Vamos ter um campeonato como deve ser outra vez! Alonso ganhou com uma pequena margem sobre Schumacher, o velho. Raikonnen no McLaren fez uma corrida fenomenal de trás para a frente, saindo de último na grelha até ao último lugar no podium.

Quatro equipas se perfilam como fortes candidatas às vitórias: Renault, Ferrari (após um ano para esquecer), McLaren e Honda. Num dia de sorte pode ser que a Williams também consiga meter o bedelho.

Segue-se uma breve análise equipa-a-equipa e piloto a piloto:

Renault – ganhou o título de pilotos (com Alonso) e de construtores, não pela espectacularidade e não pela velocidade, mas pela fiabilidade. Era quase impossível ver um Renault com problemas mecânicos. Alonso tornou-se campeão, provavelmente um dos mais amorfos de sempre. O patrão da F1, Bernie Ecclestone, ficou furioso com a sua personalidade recatada, ao ver o desinteresse do público e dos patrocinadores neste jovem. Fisichella estranhamente continua como piloto, apesar de ser óbvio que a equipa não confia muito nele (quem se lembra de ouvir as comunicações rádio no ano passado com insistentes pedidos de “DON’T PANIC!”? Eu lembro-me).
Este ano as relações entre a Renault e Alonso estão algo tensas, porque este anunciou, antes do início da época, que ia para a McLaren em 2007. Estúpido estúpido estúpido. Assim a equipa não lhe pode confiar, obviamente, segredos mecânicos, que ele poderia transportar para a McLaren, além de criar algum mau ambiente na box.

McLaren – os grandes derrotados da época passada, muito por culpa dos motores Mercedes. Um Fiat Uno de 1989 conseguia andar mais quilómetros antes de se avariar. Ainda antes do início da época os pilotos se queixaram que o motor Mercedes era o menos potente na grelha, e com razão, além de continuarem a ter problemas em se manterem inteiros durante os testes de pré-época. Raikonnen, o menino-prodígio, é conhecido pelo seu excelente desempenho, assim como pelo seu gosto por bebedeiras e bares de strip e algum mau-feitio quando as coisas correm mal. É como se fosse um novo Ayrton Senna ou Nelson Piquet, mas em versão loira e finlandesa. O seu companheiro de equipa é Juan-Pablo Montoya, um jovem gordinho com muitos tomates mas pouca cabeça. Capaz de momentos brilhantes que passam a desesperantes no minuto a seguir. Já nos mostrou algumas das mais belas ultrapassagens na F1 actual, assim como despistes de se tirar o chapéu.

Ferrari – após um ano para esquecer verdadeiramente, em que tinham um carro com aspecto e andamento de tartaruga, voltam em força para 2006. Ao comando está M. Schumacher, raposa velha e hepta-campeão do mundo, com sede de títulos depois de ficar em branco na última temporada. Tem um novo colega de equipa (a Ferrari é a única esquadra que tem explicitamente um piloto principal e um piloto secundário), Felipe Massa, brasileiro, bom rapaz, mas com pouca garra. Veio substituir um brasileiro com ainda menos garra.

Honda – Regresso oficial da Honda à F1, mais de três décadas depois. Após um bom campeonato o ano passado, sob o nome BAR-Honda, regressam este ano com apenas uma ideia na sua cabeça colectiva: ganhar a primeira corrida. Candidatos: Button e Barrichello. Button tem sido visto nas ilhas britânicas como o sucessor de grandes pilotos desse arquipélago, como Stirling Moss e Graham Hill e Nigel Mansell. O que é facto é que o rapaz já fez mais de 100 grandes prémios e até hoje nunca concretizou. Nada. Zip. Niente. O que segundo as estatísticas é mau. Poderá ser ele o primeiro piloto que passa dos 100 grandes-prémios e só então é que ganha a primeira corrida? O seu colega de equipa Barrichello saiu em ruptura bem acesa com a Ferrari e parecia ter entrado na pré-época com chama bem acesa, mas em corrida revela uma falta de passo gritante.

Williams – Viram-se gregos na pré-época: a BMW retirou o apoio dos motores (foi comprar a Sauber), perdeu o title-sponsor, a HP, e mudou de pneumáticos muito em cima da hora, já para não falar da polémica do contrato com Button. Parecia uma época talhada para o desastre. Mas não. O novo motor Cosworth revelou-se o mais potente da grelha (quem diria, hein?), o novo carro é bastante mais equilibrado que o anterior e tem dois pilotos cheios de vontade, Webber e Rosberg. O estreante Rosberg deu excelente impressão de si logo na primeira corrida, fazendo uma prova muito equilibrada e mostrando espirito de combate. Estará aqui um sucessor e Schumacher no coração dos alemães? Terá Frank Williams descoberto (mais uma vez) um potencial campeão do mundo?

Toyota – a desilusão. Para o dinheiro todo que investem na fórmula 1 deveriam ter resultados fabulosos, mas o que se verifica é uma dificuldade extrema para sequer alcançar os lugares pontuáveis. Os pilotos, Trulli e Schumacher, não ajudam. Trulli começa a revelar alguma lentidão com a idade, e Ralf Schumacher é a inveja de todos os calões: nunca se viu ninguém tão mau numa actividade ser tão bem pago como ele é.

Red Bull Racing – nascida no ano passado das cinzas da Jaguar (após a Ford a ter vendido à Red Bull por “estar farta de largar dinheiro”), investiram uma porrada de dinheiro. Os resultados na primeira época foram satisfatórios, terminando muitas vezes nos pontos. Esta época será mais dificil, pois Honda e Williams parecem estar em melhor forma. Os pilotos são repetentes nestas andanças, Coulthard e Klien. Coulthard nunca conseguiu impor-se na F1 e já tem pelos brancos na barba. Klien, o austríaco, só está na Formula 1 porque a Red Bull pertence a um austríaco. Simples, não?

Scuderia Toro Rosso – o maior caso de desrespeito na F1? Parece que sim. Por portas e travessas, a Toro Rosso é a única equipa este ano a usar um motor V10 do ano passado, quando todas as outras têm que usar os novos V8, menos potentes. As regras são explicitas quanto à partilha de chassis entre equipas (é proíbido), mas só um parvo não vê que o Toro Rosso é o Red Bull do ano passado pintado de forma diferente. Mais ainda: o dono e a direcção técnicas são os mesmos da Red Bull (daí chamar-se Toro Rosso...). Embora afirmem sempre que são equipas concorrentes, esta concomitância não é de certeza benéfica para a verdade desportiva. E last but not least, o desrespeito da Red Bull pelo mítico nome Minardi (da qual nasceu a Toro Rosso quando a Red Bull a comprou). Os antigos donos da Minardi não mudaram o nome quando a compraram. O Ron Dennis não mudou o nome da McLaren quando a comprou. A BMW não mudou o nome da Sauber quando a comprou. Mas a Red Bull esteve a cagar-se para mais de 20 anos da história da F1. Os pilotos são Vitantonio Liuzzi, italiano, e Scott Speed, americano. O italiano deu banhadas gigantescas ao americano, que não está mesmo nada acostumado a correr em pistas que não são ovais.

BMW Sauber – Fartos de andarem a fornecer os seus motores à Williams, que não desenvolvia nada (vitórias, cadê?), a BMW bate com a porta e compra uma equipa já existente do meio da tabela, a Sauber, arrastando o piloto alemão da Williams Nick Heidfeld para a nova equipa (claro que tinham que ter um alemão, isso vende no mercado germânico). O colega de equipa de Heidfeld é Jacques Villeneuve, ex-campeão do mundo em 1997 e que desde então nunca mais conseguiu fazer nada de jeito. Tem um tendência algo absurda para entrar em parafuso quando não deve.

Midland F1 – Basicamente a estrutura da antiga Jordan, com outro nome e outra cor no carro (do amarelo para o preto e vermelho). Condenados a pernoitar no fundo da tabela, a não ser que aconteçam milagres ou hecatombes. Têm como grande vantagem uma fiabilidade mecânica a toda a prova, que permitiu que pelo menos um dos seus carros acabasse em todas as provas do ano passado, e um motor Toyota poupadinho e com força. Os pilotos são o lusitano Tiago Monteiro, melhor rookie do ano passado, e Christijan Albers, holandês, muito rápido, que transita da Minardi.

Super Aguri – Até agora, a anedota da F1. Têm um forte apoio institucional da Honda, mas estão a correr com chassis já com 4 anos de concepção e portanto, completamente desadequados da realidade actual (e são os chassis da Arrows, que já não eram grande coisa para começar...). A única coisa de jeito nesta equipa é o motor Honda novinho em folha, e provavelmente os pneus. Pela confusão nas boxes no primeiro grande prémio (os dois pilotos entraram AO MESMO TEMPO) vê-se que ainda reina a balbúrdia. Os pilotos não ajudam: Um é Yuji Ide, estreante, muito verde ainda e propenso a erros. O outro é Takuma Sato, que muito obviamente não usa a cabeça quando se senta ao volante e foi responsável, só no ano passado, por vários acidentes cruciais que metiam quase sempre outro piloto fora de pista.

12/03/2006

Sabia que.......?

... há uma fábrica da Lindt em Aachen?
... que fica ao pé da minha residência?
... que passo lá ao pé quase todos os dias?
... que se sente sempre no ar um leve mas provocante aroma a cacau?
... que estou a comer uma qualidade de chocolate produzida aqui que não é comercializada em Portugal que é obscenamente deliciosa enquanto escrevo?

Pois é! Confirma-se!

AHAHAHAHAHAHAH!

Ódios de Estimação, Pt. 3

Compreendo perfeitamente que o que vou escrever a seguir pode ser considerado como blasfemo em certos círculos e pode perfeitamente originar uma fatwah (guerra santa, gente, o Rushdie tem uma pendente sobre a cabeça dele também), mas cá vai:

Não gostei da trilogia do “Senhor dos Anéis”. E passo a exlicar porquê:

- Ponto número 1, e principal: mau realizador, verdadeiramente mau. Peter Jackson era conhecido por realizar filmes de série B de inegável valor cómico (intencional ou não). Não tinha capacidade para realizar um blockbuster deste tamanho. Em certa forma aplaudo os produtores por não terem jogado pelo seguro e tentar contratar um nome sonante da indústria. Mas Jackson a meu ver não deu conta do recado porque:

- Ponto número 2, a direcção de actores foi completamente abismal. Os personangens são todos unidimensionais, revelando pouca variedade. E muitos dos personagens são intermutáveis entre si, notando-se poucas diferenças entre os caracteres ficcionais. Aragorn tem sempre cara de prisão-de-ventre (allo! Variedade?!!!?). Legolas sempre a olhar para o horizonte e a proferir palavras de quilo e meio, mesmo que não esteja lá ninguém para as ouvir. O anão, bruto como as casas todos os dias. Frodo sempre sempre com aquela cara de quem lhe dizem que vão enfiar um dildo pelo rabo acima sem vaselina. E Sam com vontade de enfiar esse dito dildo.

- Ponto número 3, o uso super-exagerado de efeitos especiais, muitas vezes sem necessidade. Muitos filmes de fantasia não precisam de um uso tão intensivo de efeitos para ilustrar uma história. Não era necessário ter um Sméagol todo criado em CGI. Isso é show-off. Masturbação. E masturbação é uma coisa para se fazer em privado, por isso para a próxima é melhor usar um actor de carne e osso (até porque as acções do personagem não justificavam o uso de CGI: não tinha força sobre-humana, não dava grandes saltos, nada!). O mesmo se pode dizer dos Nazgul.

- Ponto número 4, embora estivesse a seguir (algo livremente, diga-se) os livros, há vários pontos de incongruência que originam questões: no primeiro livro Sam tem um pónei que os ajuda etc e tal. No filme não há referência nenhuma a esse pónei, até Sam se despedir tristemente dele nas minas de Mória. Um belo non sequitur... Outros existem, como os especialistas em LOTR vos poderão mencionar. Um que eu adoro e não está explicado é como Sauron passou de vilão corpulento e viril a vagina luminosa e cor-de-laranja. Ou como é que o anel tem tanto poder. Subentende-se apenas que sim? Uma explicação fazia melhor figura.

- Ponto número 5, o passo moroso de todos os filmes, embora atenuado no Regresso do Rei. Todos os filmes desenvolvem a acção muito devagar, e isto quando a desenvolvem. O segundo filme, neste aspecto, é péssimo, sendo quase todo passado a resolver uma narrativa-satélite de interesse duvidoso para a acção principal. Mas aí o problema já é do livro. A decisão de mudar a morte de Boromir do segundo livro para o fim do primeiro filme retirou imenso protagonismo ao segundo filme. Mas aí o primeiro filme não teria final, e seria uma experiência frustrante. Assim ficou o segundo filme pendurado em termos narrativos. Hmmmm...

- Ponto número 6, o recurso a Dei Ex Machina (Deus Ex Machina, Dei no plural, refere-se a um artifício literário já usado nas tragédias gregas, em que as tramas eram resolvidas por uma entidade que nunca havia sido referida antes e que aparece do nada para mudar o rumo da trama). Os Dei Ex Machina no LOTR aparecem em duas situações, pelo menos: os Ents no segundo filme, ainda bem que estavam lá as árvores para salvar os hobbits. E os guerreiros mortos no terceiro filme (deram imenso jeito, hã, já estavam mortos e tudo, não tinham que se preocupar com nada). Os guerreiros aparecem e tornam uma situação bastante negra para os bons numa situação bastante negra para os maus. No mínimo conveniente. Bah. Fraquinho fraquinho.

Moral da história: três livros de dificílima adaptação para o grande ecrã. Problemas de argumento provocam incongruências na história e dão aos filmes um passo pedestre ou quase-comatoso. Excesso de efeitos especiais estragam o ramalhete a meu ver. Personagens demasiado unidimensionais, até mesmo para um filme de fantasia. Milhões e milhões e milhões de dólares de lucro. Afinal, o que percebo eu destas coisas? Só sei do que gosto e do que não gosto. E uma trilogia unidimensional e sobre-produzida já está fora da minha liga...

Irony is a dead scene*?

Não, não é. Basta ver uma coisa como o Pimp My Ride para perceber que assim não é. Ou melhor, toda a MTV. A cultura do supérfluo e do medíocre prospera valentemente, assistindo-se mais e mais à vitória do marketing e do estilo sobre a forma e o conteúdo.

São tempos difíceis... acabei de ler a biografia não-autorizada dos Led Zeppelin, Hammer of the Gods. Uma banda que existiu nos tempos em que as editoras apostavam ainda no desenvolvimento dos artistas. Uma banda assinava e lançava um disco sem grandes pressões de vendas. Se o primeiro vendesse 50 mil cópias, não há crise. O segundo poderia vender apenas 100 mil. Havia tempo para se desenvolverem.

Hoje em dia, há o quê? Uma banda assina. Se o primeiro disco não chega à platina, estão fora. E o que é que chega à platina? Merda, pura merda, de venda fácil. Discos de Rap/Hip-Hop (quase sempre), pré-fabricados, vazios de conteúdo, com vídeos do piorio, quase todos formulaicos** como se fossem “pintar-com-os-números”:

- Gajas descascadas a abanarem o que é delas e a roçarem-se nos protagonistas (o chamado hip-hop candy)
- Carros xunados, podendo pertencer ao músico (músico?) em questão ou não
- Mostras de superficialidade, onde o que interessa é ter carros bons, casas boas (ou localizações idílicas), e muito bling-bling (jóias).

Qual é a mensagem que é transmitida? Nenhuma. Superficialidade. Música de comer e deitar fora. Letras de deitar fora ainda mais depressa que a música. Onde é que anda o verdadeiro talento? Submergidos pelo marketing, os verdadeiros talentos não têm como emergir.

A MTV fez um verdadeiro desfavor à cultura ao standardizar a cultura musical. Playlists limitadíssimas. Pouca diversidade. A rádio de hoje em dia está igual: playlists igualmente limitadas, onde só se ouve o que as editoras querem que se oiça. Onde andam os programas de autor? Onde andam os Antónios Sérgios de hoje em dia para passarem a música que querem e gostam, dando-a a conhecer às massas? Onde andam os John Peel? Está tudo apagado. Tudo padronizado. Tudo devidamente higienizado para consumo, embalado com um press kit feito na loja dos 300 e sorrisos comprados no dentista mais próximo e silicone como se estivesse a preço de saldo.

Quando é que isto dá a volta?

* Título retirado do EP dos Dillinger Escape Plan
**exceptuando, em certa medida e felizmente. diga-se, o Kanye West. Começa a dar a volta...

10/03/2006

Che! Já estou na Germânia!

Pois é, pois é! ainda não tinha feito um post a contar que já cá estou e como é que toda esta experiência está a ser!... Shame on me!...

Bem, é uma cidade gira, antiga, muito plana, arejada, cheia de malta nova estudante e respectivas bicicletas! Há muito para ver e explorar! Ultimamente tem sido necessário ter cuidado com a profusa precipitação sob a forma líquida que se faz sentir! (Há que distinguir da que ocorria quando cá cheguei, que vinha na forma flocular, gelada e que cobriu toda a cidade com um manto branco!)
Aconselho vivamente uma ida a Carolus Thermen, que é como quem diz: as Termas do tio Carlos Magno!
"For two thousand years, Aachen's thermal baths with their high level of minerals and trace elements have stimulated and pampered the body and the senses. There are more than thirty, with temperatures reaching 74 C. The Romans called their spa 'Aquae Granni', the springs of Grannus, the Celtic god of water and health. Since then the cures have been developed. The time when emperors came to find new energy is long gone. But true to tradition, every visitor to Aachen's spa is treated like a king!" Quem o diz são os senhores responsáveis pelo belíssimo site sobre o local que me acolherá nos próximos seis meses, mais coisa menos coisa!

Para quem não sabe, Aachen ou Ais-La-Chapelle ou Aken foi o centro do Império de Charlesmagne e onde o senhor recebeu uma rodela de oiro toda linda e reluzente para pôr na cabeça em dias importantes e de festa, que dá pelo nome de coroa! Isto tudo passou-se na Dom (ou Catedral!), local a visitar e, se possível, com guia para verdadeiramente aprender a história toda! É lindessérrima, como diz uma amiga minha, e forradinha por dentro a mosaico bizântino (quem não souber o que é vá a uma biblioteca e veja um livro de arte antiga que estará tudo bem explicado e bem ilustrado!), ou seja, uma verdadeira obra de arte!

A universidade, RWTH-Aachen, é como os cogumelos! Aparece em todo o lado! olha-se e lá está um edifício que de algum modo está ligado às actividades desta mui grande e importante universidade europeia! É só escolher o tema que eles têm! Se não tiverem, pensam um bocadinho sobre isso e decerto passarão a ter! ;)
Estou muito bem instalada lá! Por vezes, tenho algumas dificuldades de comunicação, porque ich spreche nicht Deutsch, mas, regra geral, ultrapassa-se com um: "Sprachen Sie English?" (o mesmo se aplicando a comunicações com os nativos pela cidade fora!)
No meu lab, ele há toda uma panóplia de trabalhadores, de todó tipo e nacionalidade! Claro que a mai linda e simpática sou eu! (ai de quem me contrariar que leva já uma mordidela no pescoço ou orelhinha e fica sem sangue!) mas há pessoas muito simpáticas e prestáveis, nas quais incluo o meu supervisor, Michael. Um porreiro, pouco mais velho que eu e já um grande génio PhD lá do sítio!

A residência onde estou é como qualquer outra, só que esta tem uma concentração elevadíssima de alemães, mas encontram-se também outros elementos de outras nacionalidades que tornam a população mais variada, colorida e simpática! como, por exemplo, eu! Ando ainda com algumas dificuldades em coordenar os meus horários normais com os desta gente! jantar às 18h30 não é normal! (e no Instituto onde estou... que a malta começa a ir para a Mensa - vulgo: cantina - às 11h30, se não for mais cedo...) Bem, e são 23h cá a uma sexta feira e ninguém está no conbíbio!?!?!?! A maioria até está de férias!... não é para perceber...

Para já não posso mostrar fotografias, porque digamos que ainda não revelei o rolo e depois ainda vou ter de "escanear" tudo... Dêem-me algum tempo e rectifico esta situação!
Para os mais interessados e curiosos, posso deixar-vos os sites para verem por vós!
www.aachen.de
www.rwth-aachen.de

Com os melhores cumprimentos, eu!

Diferenças de pensamento: a intransigência


Uma coisa me deixa, agora, completamente confuso: a não-aceitação da validade de um ponto de vista diferente? Fui confuso? Passarei a explicar melhor nos próximos parágrafos.

Vejo hoje em dia aquilo que sempre existiu, mas que antes me passava ligeiramente ou totalmente ao lado: tive uma epifania recentemente, como muitas vezes me acontece. Vou dormir, e no dia seguinte acordo com teorias espectaculares ou com os “olhos mais abertos”. Quando ainda era estudante era o pão nosso de cada dia: ia dormir com um nó na cabeça, não percebendo a matéria ou os passos de uma certa coisa, e quando acordava fazia tudo sentido e (normalmente) novas implicações e relações entre as coisas tinham sido encontradas. Por isso o meu conselho é sempre: durmam! Não vale a pena fazer directas. Acordam logo com as ideias mais bem organizadas. Works for me!

Mas voltando ao ponto em questão: agora vejo (ou melhor, agora reparo) a intransigência das pessoas em aceitar pontos de vista que sejam diferentes dos seus. Intransigência essa que chega a roçar a má-educação. As pessoas normalmente não aceitam como válidos ou como igualmente válidos os argumentos dos outros. Uns podem chamar-lhe “teimosia”. Outros ainda “autismo intelectual”. Se a discussão for entre dois intervenientes de uma relação emocional (pais-filhos, namorados, etc.), a coisa então dá mesmo para o torto.

O que transcende aqui não é o facto de uma das partes ter razão e a outra não ter. Pode ter uma, pode ter outra, podem ter as duas, muitas vezes não há certo nem errado, é tudo relativo. O que custa a ver, e é revelatório de teimosia e egoísmo, é ver uma das partes (ou ambas) menosprezarem os argumentos/sentimentos da outra parte, como se estes não fossem válidos ou não estivessem à altura. O que é errado. Estão todos à mesma altura. Os sentimentos/argumentos de uma pessoa não são mais ou menos válidos que o de outra pessoa. Podem não chegar a entender-se nunca, podem ser completamente antagónicos, mas o complexo de superioridade/inferioridade é que vai dar cabo das coisas muitas vezes.

Vou dar exemplos: política. Situação de crise.
A esquerda defende sempre mais condições para os trabalhadores, melhores salários.
Está errada? Não.
A direita defende contenção salarial para não agravar a crise e impedir que as empresas trabalhem no vermelho e agravem os seus défices.
Está errada? Também não.

O que mata automaticamente toda e qualquer discussão nestes termos? A arrogância, o complexo de superioridade, o “não-querer-ouvir” o que a outra parte diz. E a luta continua, e vai continuar a ser assim por muitos e looooooongos anos.

Outro exemplo: uma relação interpessoal, suponhamos entre dois namorados. Ela quer A. Ele quer B. Eles têm discussões acaloradas pelas diferenças de ponto de vista. Ela vai ter com as amigas “ele é um estúpido, um cretino, eu quero tanto fazer A e ele não!”. Ele, por seu lado vai tomar uma cerveja com os amigos onde desabafa “ela está a dar-me cabo da paciência, não quero fazer A, quero fazer B, e ela não desiste de me chatear”.

Quem está mal?
Ninguém está mal, cada um é livre de achar e sentir e agir como acha correcto.
Problema: não saber ouvir a outra parte e aceitar os argumentos como válidos (com ou sem razão).
Solução: não há uma solução-tipo. Ou A e B são muito diferentes e as pessoas separam-se, uma vez que a relação está condenada por diferença de ideais. Ou uma das partes dobra-se para acomodar (pode ser mau, porque pode gerar ressentimentos).

Mas o simples facto de se entrar com um “não me ouves, não queres saber do que sinto, não queres fazer A (ou B, se for o homem)” já está a condenar a coisa ao insucesso. Chamar a atenção aos próprios sentimentos/argumentos por cima dos da outra pessoa (que são igualmente válidos, exxceptuando coisas obviamente estapafúrdias)... mau sinal. Acaba como as discussões políticas: ninguém se entende. Nada se avançou. E criaram-se ressentimentos. Boa.

Moral (moral? Right...) da história: ninguém é dono da verdade ou da moral absoluta. Compreender isto só por si já é um grande, grande passo. È óbvio que numa situação mais tensa ou discussão mais acalorada estas palavras são as primeiras a ir pelo cano abaixo. Mas cair no erro de desrespeitar os sentimentos dos outros como se fossem errados ou inferiores... é caminho certo para a ruína. Até se pode não avançar muito, ou mesmo nada. Mas respeito é necessário. Paridade de ideias, muito necessário. Ficar na mó de cima é o ideal, mas sem menosprezar os outros, principalmente se se tratar de uma relação pessoal, porque aí não há superiores e inferiores, há iguais. I-g-u-a-i-s. Coisa que muita gente se esquece. Se não estiverem os dois a remar para o mesmo lado e com a mesma força, não se anda em frente, anda-se às voltas.

O que eu quero dizer, apenas numa frase: há mais peixes na terra e cada história tem pelo menos dois lados, dos quais podem estar todos correctos ou nenhum. Intransigência, é cegueira. E cegueira é uma coisa má. Mas isso não precisava de dizer.

(texto confuso? Pois, deve estar, nunca fui bom escritor, por isso é que tirei um curso de engenharia, tá? Não fui talhado para o discurso fácil)

Mau-perder?

Lá vai o gajo a trepar ao coqueiro nas horas do diabo. Agora já ninguém o apanha.

Ontem foi empossado o novo Presidente da República. Correu tudo bem, até o Primeiro-Ministro parecia satisfeito. No entanto, três reparos:

1 – Mário Soares, presente na cerimónia, sai sem cumprimentar o candidato vencedor nas presidenciais e novo Presidente da República. Da mais alta falta de chá, Sr. Dr.!

Marocas na laracha com os reporteres. Pena é teres maus fígados, pá.

2 – Os partidos “mais à esquerda”, PCP e BE, foram os únicos que fizeram questão de não aplaudir o discurso de Cavaco no Palácio de S. Bento. Quando confrontados depois, não conseguiram discordar do que Cavaco disse, criticando mais a “pose” (alegadamente mais parecido com um chefe de governo do que um chefe de estado) e a “forma” do que o conteúdo (que é só o mais importante, não...?). Já antes Sampaio e Soares, os seus antecessores, fizeram discursos iguais ou ainda mais interventivos que este, mas na altura parece que ninguém se lembrou de apontar estes defeitos (que estavam presentes nesses mesmos discursos) que parece que só Cavaco tem. Em que é que ficamos?

3 – A verdadeira ciganada dos deputados do BE, que foram para uma cerimónia de tomada de posse, uma sessão solene, de blazer e de camisolas de gola alta. Se não sabem o que “cerimónia” e “solene” quer dizer, vão ao dicionário. E a seguir, passem num alfaite e corrijam esse erro, porque afinal de contas era uma cerimónia e não mais um dia normal de trabalho. Aposto que estes gajos se casaram (se é que se casaram) com camisa desabotoada e pêlos do peito à mostra... e em vez de aliança, puseram um piercing na língua. Deve ser isso. Raio de mania de quererem ser diferentes... até o Lenine usava gravata, camaradas!

"Verdade! Eu sou um grande adepto da gravata. Desde que estou naquele caixão de vidro que nunca deixei de a usar, já lá vão 70 anos..."

Este blog acolhe um novo membro: Atomium

Há quem diga que tem um alter-ego benévolo...
...e que é o responsável pela extinção do Dódó.
Tudo o que sei é que o chamamos de Atomium.

Há quem diga que ele interfere com as ondas de rádio, impossibilitando a recepção de chamadas de telemóvel...
...e que é capaz de construir cadeiras de rodas exclusivamente a partir de latas de Sumol Ananás...
Tudo o que sei é que o chamamos de Atomium.

Há quem diga que ele é capaz de provocar a fissão nuclear apenas com o seu olhar...
...e que é capaz de remover tatuagens apenas esfregando sobre elas com cuspo.
Tudo o que sei é que o chamamos de Atomium.

Há quem diga que ele tem um hamster de estimação chamado Geleia (IN-JOKE ALERT)...
...e que a sua saliva é armazenada e usada como cola em algomerados de madeira.
Tudo o que sei é que o chamamos de Atomium.

Há quem diga que ele tem muito baixa tolerância a pronúncias do norte...
...e que as andorinhas migram para sul quando a ordem é dada por si.
Tudo o que sei é que o chamamos de Atomium.

Bem-vindo, Atomium. Desejo-te muitos e bons posts.

09/03/2006

Post nº 69

Quem manda agora é ele...

Writer's block

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHH.
Sabem o que é ter um "post" atravessado na cabeça há duas semanas, ligarem o computador todas as noites para tentar soltá-lo das grilhetas da mente, escrever uma página inteira no Word e depois apagá-la porque estava uma m***a? Pois bem, é assim que eu me sinto nos últimos 15 dias. Bolas!

08/03/2006

Pah...


...eu é mais espetadas num gancho numa montra de talho para depois serem fatiadas...

06/03/2006

Por tentativa e erro...

...ando a alterar o aspecto deste blog mexendo no template em html.

Nota-se muito?

05/03/2006

Ódios de Estimação, pt. 2

Uma coisa que me irrita profundamente, e de génese recente, é o chamado internetês, também conhecido como Pita-speak. Vocês sabem do que estou a falar! É aquela escrita que nos dá verdadeiras gemas como:

Eh pa é axim eu keria saber kual a mlhor firewal pa o meu PC lol

(excerto retirado do forum Mula da Cooperativa)

Reparem na falta de sinais ortográficos, como acentos, virgulas, pontos finais, etc. As abreviaturas são um must, mesmo que isso muitas vezzes implique cortar apenas uma letra à palavra e ficando esta, digamos, amputada. A substituição de outras letras, nomedamente “s”, “ç” e “ss” por x e “q” por k. Não podem alegar poupança de tempo ou de recursos, porra! É apenas estupidez pegada. Outra coisa: muitas vezes quando escrevem usam expressões que só deveriam ser utilizadas oralmente.

Tentar decifrar uma mensagem destas... é de loucos. Já não há respeito pelos interlocutores? Qu419u3r d14 c0/\/\3c0 4 35cr3\/3r 50b f0r/\/\@ cr1pt1c4 t4/\/\b3/\/\!

Cambada de ignorantes...

02/03/2006

How Evil Are You?

You Are 36% Evil

A bit of evil lurks in your heart, but you hide it well.
In some ways, you are the most dangerous kind of evil.

Referências a incesto nas letras dos Pixies

O Frank Black tinha uns gostos algo peculiares:

"Holiday Song":
He took his sister from his head
And then painted her on the sheets
And then rolled her up in grass and trees
And they kissed 'till they were dead

"Nimrod's Son":
My sister held me close and whispered to my bleeding head
"You are the son of a mother fucker"
(...)
My image spoke to me, yes to me and often said
"You are the son of incestuous union"

"Broken face":
There was this boy who had two
Children with his sisters
They were his daughters
They were his favourite lovers

"Vamos":
Estaba pensando sobreviviendo con mi sister en New Jersey,
Ella me dijo que es una vida buena alla,
Bien rica bien chevere, Y voy! Puneta!
We'll keep well bred,
We'll stay well fed,
We'll have our sons,
They will be all well hung.

O rapaz não andava bem, não...

01/03/2006

No sábado...


... foi o baptizado da minha prima Inês. Onde fiz de fotógrafo. Claro que não conseguia parar de fotografar esta coisinha tão fofa!