27/10/2006

A EMG foi OK

Primeiro dos primeiros: recuperei o meu computador, desta vez levou umas quantas partições no disco para ver se consigo isolar o mau sector que lhe anda a causar as chatices. Agora vem a comédia.

Fui hoje fazer a ElectroMioGrafia, ou EMG, referida dois posts abaixo. Cheguei ligeiramente atrasado à Clínica CUF Sta. Maria de Belém, graças ao valente trânsito lisboeta, mas tudo bem porque não havia sido chamado.

Enquanto espero estava lá, ao meu lado também para fazer uma EMG um senhor ucraniano de seu nome Oleg (sei o nome porque a enfermeira o chamou assim). O senhor Oleg, para quem me conhece, era maior que eu em tudo. Mais alto, mais encorpado, e com um olhar de quem come criancinhas ao pequeno-almoço. Este senhor impunha respeito.

Mais a mais porque o senhor Oleg das três uma:
- ou andou na tropa
- ou andou na prisão
- ou pertence a uma máfia ucraniana
digo isto porque o cavalheiro em questão tinha uma tatuagem na mão esquerda, no metacarpo do polegar. Não a entendi porque estava em alfabeto cirílico. Mas pronto, como era feita a azul-cor-de-prisão e era mal-feita e com traço grosso tal-e-qual-como-na-choça-ou-na-tropa, presumi que o Sr. Oleg era rijo como uma viga e feroz como um touro.

Ele entrou antes de mim, para fazer exactamente o mesmo que eu fiz.

Afinal o Sr. Oleg tem medo de agulhas. Sempre que o médico lhe espetava uma agulha (pelo menos 5 picadas na perna afectada) o cavalheiro mandava um berro. E como temos que flectir os músculos enquanto as agulhas estão espetadas, o Sr. Oleg fazia sentir-se em no terceiro andar da clínica ao berrar "Au, pára pára, dôi, dôi!". Bem que ouvia o médico a tentar acalmá-lo, mas nada.

Resultado: o Sr. Oleg demorou quase 30 minutos a completar o exame. E sai de lá completamente combalido, a andar agarrado à parede (juro!).

Depois desta demonstração aterradora de dor e sofrimento, qualquer um ficaria assustado antes de entrar para o exame. Mas aqui o vosso intrépido escriba vira-se logo para o médico quando entra e pergunta: "mas afinal vai fazer-me o quê, que deixou ali o outro paciente aos berros?".

Responde ele: "primeiro vou dar-lhe uns choques eléctricos, e depois vou espetar-lhe umas agulhas".

Fiquei logo mais descansado. CUM CATANO! :P

Começa o exame. Pergunto sobre a intensidade dos choques. "Ah e tal, isto são só alguns miliAmpéres". "Tudo bem", digo eu. Vira-se ele "Mas a diferença de potencial é que são uns 220V". De repente vem-me à cabeça os gritos do nosso camarada soviético.

E o médico manda-me um choque e mal o sinto. "Foi só isto?". "Não é mais que isto", responde ele. O choque não se sente sequer, a sensação é igual a testar o reflexo no joelho com um martelinho. É mesmo só isso. "Oh Doutor, mande lá mais choques que isso nem se sentiu". E manda mais uns dois ou três, fraquíssimos enquanto dizia "não o quero fritar, pá, choques eléctricos não são tortura!". E riu-se. AI NÃO??? Vou dizer isso ao Oleg então. Ou aos presos políticos.

Começa o festival do furinho. Começa a espetar-me agulhas perna acima e perna abaixo, enquanto pede para flectir músculos variados. Para variar, nem sentia a agulha a entrar pelo músculo adentro, nem a sentia enquanto tinha que flectir o músculo respectivo onde a dita cuja estava espetada. Maldito sejas Oleg, pregaste-me um cagaço com um exame que não doeu nadinha de nada. Na União Soviética aposto que faziam-te o exame com agulhas de tricot ferrugentas, ainda se queixava ele de umas picadinhas de nada. Volta lá para a tua máfia a espancar as pessoas, que o teu medo de agulhas fica bem seguro comigo.

Ah, e o resultado do exame: nada na perna, pode ser algo na coluna (ah pois, depois de me furar ambas as pernas ainda levo com a agulhas nas costas), mas nada para me preocupar para já.

Mas tenho uma pontaria com aquele terceiro andar da CUF... quando fiz a endoscopia alta estava uma mulherzinha no gabinete do lado a fazer uma baixa e a berrar a plenos pulmões. Desta vez foi o nosso camarada aos berros. Será que a minha presença traz dor e sofrimento aos restantes pacientes?



P.S.- Agora que está mais ou menos provada a minha insensibilidade a agulhas na pele (algo que eu já desconfiava), acho que vou fazer uma tattoo.

24/10/2006

Ain't that a bitch?!

O meu fiel Tobichazito voltou a armar-se em parvo e volta a não arrancar com o sacana do Windows, para além de agora fazer unsruídos esquisitos com o disco rígido.

Quem é que tem curiosidade de ver como fica um computador portátil depois de sujeito a uma pressão de 600 bar numa prensa de hardboard*? É que é mesmo essa a minha vontade neste momento.

E lá fora chove. E quando pára de chover, chove mais um pouco. Depois de chover, chove mais um bocadinho. Parece que estamos num qualquer vale britânico (a única pista em contrário é o facto de aqi em Tomar se conduzir à direita, porque senão era facilmente confundível).

Lisboa, volta, está tudo perdoado! Nunca mais te deixarei, prometo! Quem me tira aquela poluição toda, o maralhal na rua, os autocarros da Carris, o metro, a confusão nas lojas, os preços exorbitantes dos restaurantes, os vendedores na rua "é prá chuva a cinqu'euros, a cinco", o Rio Tejo - aqui o Rio Nabão não dá pica nenhuma, mero afluente - e o cheiro a castanhas assadas na Baixa ou no Marquês ou no Cais ou junto à estação de Algés, tira-me tudo. Aqui tenho sossego, vistas e... pouco mais.

Mas não me queixo (muito). As gentes são simpáticas. O trabalho é abundante e interessante. E tenho um gabinete com chão vibratório (sim, chão!).

*Nota: estou a trabalhar numa fábrica onde existe a dita cuja.

19/10/2006

Eiia cum catano! Vai buscá-lo!


W00t! Soube a semana passada que vou fazer uma electromiografia! Fenomenal! Consiste em enfiar eléctrodos (leia-se: agulhas) no músculo afectado e medir a resposta eléctrica. Podem ler o que diz a wikipedia sobre o procedimento:

"To perform EMG, needle electrodes are inserted through the skin into the muscle tissue. A medical doctor (most often a physiatrist or neurologist) observes the electrical activity while inserting the electrode. The insertional activity provides valuable information about the state of the muscle and its innervating nerve. Normal muscles at rest make certain, normal electrical sounds when the needle is inserted into them. Then the electrical activity when the muscle is at rest is studied. Abnormal spontaneous activity might indicate some nerve and/or muscle damage. Then the patient is asked to contract the muscle smoothly. The shape, size and frequency of the resulting motor unit potentials is judged. Then the electode is retracted a few millimeters, and again the activity is analyzed until at least 10-20 units have been collected. Each electrode track gives only a very local picture of the activity of the whole muscle. Because skeletal muscles differ in the inner structure, the electrode has to be placed at various locations to obtain an accurate study."

Tudo isto porque há umas 3 semanas que tenho uma dor constante na face exterior da coxa esquerda. Tal e qual o House. Será que vou passar a andar de bengala e a tomar Vicodins como se fossem rebuçados? É que dá um estilo imenso...


(dispenso a barba e o look blazer+ténis costumeiro do personagem).

O fim está próximo! Fujam!

Toda a gente se ria de mim quando eu aformava a pés juntos que um dia os peixes iriam exterminar os humanos e dos outros animais terrestres...

...ninguém levava a sério a minha ictiofobia...

mas a profecia está a concretizar-se. Primeiro morreu o Steve Irwin, agora isto:

Leaping stingray stabs Florida man near heart


Só há uma solução! Rápido, temos que fugir para as montanhas, eles não nos apanharão lá!

17/10/2006

5000

E pronto, de ontem para hoje houve aqui uma reviravolta e o contador passou um número redondo muito bonitinho: 5000. Nada mau...

Obrigado a todos os que se dão ao trabalho de vir cá ver as modas. A imaginação e número de posts são inversamente proporcionais à quantidade de trabalho que tenho (ultimamente então...) mas eu faço um esforço. Obrigado.

O que responder...?

A minha mãe ontem foi à farmácia e decidiu, por sua livre e espontânea vontade, trazer-me uma caixa de tratamento anti-queda Dercos.

O que é que eu lhe respondo?

1) Obrigado mãe, estou de facto com falta de cabelo embora ainda não seja nada de bradar aos céus.
2) Obrigado mãe, estou de facto com queda de cabelo mas a genética é f***da e não vale a pena usar estas coisas para retardar o inevitável.
3) Porra mãe, estou assim tão mal?
4) *atirar com a caixa ao chão e ir a correr para o quarto a chorar inconsolavelmente*

O que é que vocês fariam?

15/10/2006

3 momentos brilhantes em televisão

1 - Todo o último episódio da oitava série do ER (o episódio em que o Mark Greene morre).

2 - A cena no penúltimo episódio do Sex and the City em que as amigas estão sentadas à mesa com o Big. A ruiva (Miranda) não diz nada até ao último momento - "go get our girl". São estas pequenas coisas que fazem uma grande actriz. A expressão dela em toda a cena é digna de um livro ou de uma pintura.

3 - Os grandes planos do Top Gear. Já li algures que mostram programas inteiros da série em escolas de realização e imagem para se ver o que se faz bem. Um episódio em particular me marcou, em que estava a nevar e o sol a pôr-se em simultâneo, enquanto passava o tema do Twin Peaks (ver abaixo).


12/10/2006

Desgraça completa

O meu fiel Tobichazito, que me acompanha diariamente vai para quatro anos teve um problema de saúde grave e teve que ser formatado.

Perdi as moradas de e-mail de toda a gente, por isso agradeço às almas caridosas que lerem esta mensagem que me mandem um e-mail com a vossa conta habitual para:

pedrorochaalmeida AT yahoo dot co dot uk

para poderem voltar à lista.
Agora toca a instalar tudo outra vez: antivirus, firewall... Office... Photoshop... raiva

10/10/2006

Som #39 - ainda não acredito que estes gajos morreram

Mamonas Assassinas - Vira-Vira


Mamonas Assassinas - Robocop Gay (ao vivo)


Foi um grande desperdício, não haja dúvidas...

02/10/2006

Som #38 - Os Parodiantes do Texas

Pantera - F***ing Hostile




Com letras "alternativas". Do melhor. Glorioso.
Mesmo quem não gosta de metal e/ou ache os Pantera algo desactualizados (que até estão) ou demasiado rednecks (que até são), vejam a letra.

Silêncio

Pela primeira vez em 15 dias, o silêncio absoluto enquanto trabalho.
É oficial: a produção parou. Está ali a manutenção.
Graças ao Senhor, porque agora até me consigo ouvir a pensar (coisa rara, o ouvir e o pensar também).

01/10/2006

Males que vêm por bem


Hoje acordei algures às 06h da manhã com demasiadas dores nas costas para sequer conseguir ficar deitado. Tive que me levantar.

Por outro lado, liguei a televisão e estava a começar o GP da China em F1, que não estava a contar em ver.

Que grande corrida que foi. Valeu a pena a noite extremamente mal-dormida.


P.S. - Alguém conhece algum bom médico ortopedista? Eu tenho MESMO que ir ver o que se passa comigo...