(Do they love their children too?)
Eu até podia explicar que quando o meu filho nasceu já estava separado. Que fui eu quem lhe deu o primeiro biberón, que chorei baba e ranho quando me apareceu dentro de um carrinho de plástico e o fiz sócio na mesma tarde. Também podia explicar que, quando ele tinha um mês, passava os fins-de-semanas (todos) acordado com medo que ele não respirasse bem, que tinha o terror de o deixar cair ou de fazer-lhe mal inadvertidamente. Podia ainda dizer que, desde o dia que nasceu, lhe dou tudo o que posso. Que passo férias com ele em quartos de hotel baratos; que o levei ao jardim zoológico, ao museu da ciência, às festas dos amigos, ao oceanário e a casa dos primos (aproximadamente uma média de 50 vezes cada uma destas actividades). Que lhe compro roupa e brinquedos (muitos brinquedos); que deixei de ser jornalista para o sustentar, pago as consultas médicas e (por transferência bancária) uma mesada gorda no dia um. Que continuo sem dormir cada vez que a febre o aquece, tenho pesadelos com piscinas e varandas e não gosto de viagens de carro ou que ele atravesse a rua sem me dar a mão. Que não consigo dar-lhe palmadas, sinto culpa cada vez que me irrito; que gosto de o ver comer marisco e que ele tem jeito para a baliza. Podia ainda dizer que vou buscá-lo todos os dias à escola, que lhe limpo o rabo, dou lanche, banho e uns almoços no McDonalds (eu sei que sou mau pai). Podia até dizer-vos que morria para ele viver (e não imagino a minha vida sem a dele) e não me canso do som do seu nome: J-o-a-q-u-i-m. E, depois, podia acrescentar que voto sim e que me chateia esta coisa de quem usa bébés na campanha. Como se eu tivesse alguma coisa a aprender sobre o amor com essa gente.
(e bardamerda para o assassino - nunca dito e sempre insinuado)
Eu até podia explicar que quando o meu filho nasceu já estava separado. Que fui eu quem lhe deu o primeiro biberón, que chorei baba e ranho quando me apareceu dentro de um carrinho de plástico e o fiz sócio na mesma tarde. Também podia explicar que, quando ele tinha um mês, passava os fins-de-semanas (todos) acordado com medo que ele não respirasse bem, que tinha o terror de o deixar cair ou de fazer-lhe mal inadvertidamente. Podia ainda dizer que, desde o dia que nasceu, lhe dou tudo o que posso. Que passo férias com ele em quartos de hotel baratos; que o levei ao jardim zoológico, ao museu da ciência, às festas dos amigos, ao oceanário e a casa dos primos (aproximadamente uma média de 50 vezes cada uma destas actividades). Que lhe compro roupa e brinquedos (muitos brinquedos); que deixei de ser jornalista para o sustentar, pago as consultas médicas e (por transferência bancária) uma mesada gorda no dia um. Que continuo sem dormir cada vez que a febre o aquece, tenho pesadelos com piscinas e varandas e não gosto de viagens de carro ou que ele atravesse a rua sem me dar a mão. Que não consigo dar-lhe palmadas, sinto culpa cada vez que me irrito; que gosto de o ver comer marisco e que ele tem jeito para a baliza. Podia ainda dizer que vou buscá-lo todos os dias à escola, que lhe limpo o rabo, dou lanche, banho e uns almoços no McDonalds (eu sei que sou mau pai). Podia até dizer-vos que morria para ele viver (e não imagino a minha vida sem a dele) e não me canso do som do seu nome: J-o-a-q-u-i-m. E, depois, podia acrescentar que voto sim e que me chateia esta coisa de quem usa bébés na campanha. Como se eu tivesse alguma coisa a aprender sobre o amor com essa gente.
(e bardamerda para o assassino - nunca dito e sempre insinuado)
1 comment:
Amei.
10 pontos para ele.
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