21/12/2006

Pró-vida e Pró-escolha

Este post da Luísa deu-me inspiração para escrever o que se vai seguir:
(Nota: Estou com uma directa em cima, estou incrivelmente resmungão por isso se sair asneirada já sabem do que foi)

Os moralismos dos Pró-Vida irritam-me. Profundamente. Aliás, irritam-me todos os moralismos no geral. Não por existirem, cada um guia-se pelo seu próprio conjunto de valores, mas sim quando tentam impingi-lo aos outros. Isso é que já me deixa f**ido. Limitar as escolhas de uma pessoa, seja ela qual for, só porque pessoalmente não se concorda com elas e tudo se faz para que isso não seja permitido.

Um conselho valente aos nossos amigos pró-vida: se prezam assim tanto a vida, façam cordões humanos à volta dos cemitérios. Não deixem entrar nem mais um morto. Façam vigilias nos hospitais para impedir que as doenças e os acidentes ceifem mais vidas! Ataquem as casas funerárias e as capelas mortuárias, esses antros de celebração de um acto tão odiado! Exterminem as morgues!

MAS NÃO TENTEM FAZER A ESCOLHA PELAS OUTRAS PESSOAS!

Tá?
Paz
P.

7 comments:

Anonymous said...

Mesmo resmungão, é mesmo isso! Subescrevo completamente!

Anonymous said...

Eu o que me deixa fecundado é ninguém gritar bem alto o porquê de se andarem a fazer referendos sobre coisas já referendadas!!!

Mas pronto, não me vou alongar...

FELIZ NATAL!

headache said...

Quanto a isso não concordo, meu amigo de quatro patas. As mentalidades evoluem e é natural que as mesmas questões voltem ciclicamente à baila.

Poderemos questionar o "curto" espaço de tempo entre o primeiro e este. Mas também lembro que a proposta de lei da IVG foi aprovada em Assembleia (pela mão so Sérgio Sousa pinto) mas o Guterres decidiu transformar em referendo (indo contra uma decisão dos mandatários eleitos pelo povo). Ganhou o não naquela altura, mas com o sim da assembleia. Por si só já justifica um novo plesbiscito.

Sergio said...

Eu também não vejo sentido em referendar coisas anteriormente referendadas. Tal como não vejo sentido em andarmos a votar a cada quatro anos para a assembleia da república e a cada cinco para a presidência. Escolhe-se uma vez e pronto. Quando as pessoas morrem, são substituidas pela pessoa com o número de BI seguinte. Muuuuito mais prático.

Tânia Carmo Silva said...

Bom... se sai assim, estando com uma directa em cima... quero ver, com as horas de sono devidamente conciliadas, ou então, será isto que o/a deixou com mais diligência na consciência, tal acontece quando estamos felizes.

Beijos e feliz ano novo.

The one you know said...

pró-vida???? mas o que é isso? e eu sou o q? pró-morte?

headache said...

Pró-vida = o nome que eles deram a si próprios.

Claro que esta definição peca por excesso...